O ex-presidente Jair Bolsonaro não poderá comparecer à posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro nos Estados Unidos, devido à retenção de seu passaporte, que o impede de deixar o Brasil. A medida foi adotada no contexto das investigações sobre os ataques de 8 de janeiro de 2022. Seus advogados estão buscando uma solução no Supremo Tribunal Federal (STF), embora pedidos anteriores tenham sido negados. O passaporte foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, como parte da operação "Tempus Veritatis". Em março, o mesmo ministro rejeitou o pedido de Bolsonaro para a devolução do documento, o que impediu uma viagem planejada a Israel.
Além de estar inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro enfrenta várias investigações. Ele foi indiciado pela Polícia Federal em casos relacionados a joias e falsificação de certificados de vacinação. As investigações também examinam sua suposta participação em tentativas de golpe de Estado e na abolição do Estado democrático de Direito. Os ataques de 8 de janeiro de 2023 a instituições democráticas são um ponto central das apurações. Caso condenado, Bolsonaro poderá enfrentar penas que podem chegar a 23 anos de prisão, além de uma possível inelegibilidade que pode se estender por mais de três décadas.