Ao citar as críticas e posições de seus dois principais adversários, disse que "a democracia deixou uma grande lição".
"O equilíbrio venceu todos os extremismos. São Paulo falou e mandou recado para todo o país. O que o povo precisa é de emprego, segurança, melhorias e oportunidades", disse.Ele lembrou do ex-prefeito Bruno Covas, quando dizia que não se faz política com ódio. Nunes foi eleito vice-prefeito de Covas há quatro anos, e cujo filho, Tomas, esteve presente na comemoração, em meio aos políticos.
Ricardo Nunes falou das obras realizadas e do reconhecimento aos esforços de seu governo. "A política não pode ser feita com máscaras ao invés de realizações, com posições de extremos ideológicos, mas deve se preocupar com resultados concretos para a população".
Presença constante nos palanques de campanha, o governador Tarcísio de Freitas acompanhou Nunes no evento deste domingo, e atribuiu a vitória à frente ampla formada em torno da campanha. "Foi uma vitória do trabalho sobre a lacração, e vem muito mais por aí", disse.
Com maioria na Câmara Municipal em seu primeiro mandato, Nunes, que teve dois mandatos como vereador, teve em candidatos e parlamentares eleitos cabos eleitorais atuantes, com peso político na disputa em seus dois turnos, alguns dos quais participaram da gestão em secretarias e subprefeituras, principalmente nos dois últimos anos.
Falas polêmicas
Ricardo Nunes, que já se mostrava confiante durante entrevista concedida à imprensa após votar na zona sul da capital, pela manhã, se envolveu em polêmica durante o dia, quando o governador Tarcísio de Freitas, ao lhe acompanhar, comentou sobre factóide envolvendo suposto direcionamento da facção Primeiro Comando da Capital pelo voto de presos provisórios e familiares de presos contra candidatos de direita.
O candidato Guilherme Boulos, em coletiva durante a tarde, considerou o comentário um crime eleitoral grave. Sua campanha ajuizou ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em resposta às declarações do governador.
A declaração do governador ocorreu após falas de Nunes, que comentou a participação de Boulos em entrevista a podcast na sexta-feira (25) e reforçou as falas em que colocava o deputado federal do PSOL como um candidato "da desordem", repetindo o tom usado durante toda a campanha.
Em nota, a assessoria de Nunes declarou que "por ora, a campanha de Ricardo Nunes (MDB) não vai se manifestar sobre os recentes pedidos de Guilherme Boulos (PSOL) à Justiça".