Luciano e Elizete acompanham a jovem praticamente em todos os lugares. Aos 10 anos, Isabela foi descoberta pelo professor em um torneio interno do colégio. Com boa estatura para a idade, logo começou a competir e se destacar em jogos escolares. Uma mudança rápida que fez os pais adotarem precaução. Desde então, eles se tornaram os maiores torcedores da filha.
Mas aí vem a pergunta. Será que Isabela fica incomodada com o assédio do seu fã clube? "A verdade é que fico muito feliz e grata por ter meus pais aqui comigo. Eles sempre me apoiaram. Eles estão em todas as competições das quais participo. Então dá outra energia além de uma confiança vê-los na arquibancada para o meu primeiro jogo", declara a atleta da Unifor.Luciano e Elizete estão hospedados em Águas Claras, que fica a cerca de 25 quilômetros de Brasília. Eles não querem atrapalhar a vivência da filha, muito menos a concentração. "Nunca ficamos no mesmo hotel que ela. Estamos como torcedores mesmo, dando apoio à Bela. Temos orgulho da nossa filha e vamos para valorizar o trabalho dela e de toda equipe", afirma Luciano.
Luciano Martins e Elizete Kist torcendo pela filha Isabela Kist no JUBs - Célio Júnior/CBDU/Direitos Reservadostype="_moz" />Isabela cursa medicina veterinária e, desde os tempos de colégio, divide as atenções do estudo com o basquete. Mas isso atrapalhou? "Pelo contrário. O basquete sempre foi um aliado para ela. A Bela sempre estudou muito e o esporte é uma válvula de escape. Mesmo antes de entrar para a faculdade, ela já treinava com a equipe da universidade", disse o pai.
Luciano é de Brasília, Elizete do Rio Grande do Sul. Eles moravam em São Paulo quando decidiram se mudar para Fortaleza em busca de uma vida mais tranquila, com mais tempo para se dedicarem aos filhos, o que fez toda a diferença.
"Nós dois trabalhávamos muito, então éramos limitados. Agora, tenho tempo integral para as minhas filhas. Como a Isabela passou a se destacar e vi que o esporte agregou muito à vida dela, entendemos que deveríamos ajudá-la a não perder o entusiasmo. Eu mesma não entendia muito bem de basquete quando a Bela começou, então transformou totalmente a minha vida também. Hoje sou apaixonada pelo basquete, assisto a todos os jogos da NBA [Liga Profissional de Basquete dos Estados Unidos] e nas partidas dela não podia ser diferente", afirma Elizete.
Confiantes, os pais de Isabela cravaram que a Unifor levará o título do basquete feminino no JUBs e arriscaram uma diferença de pontos na estreia: Luciano disse que seria de 11 pontos, enquanto Elizete apostou em nove pontos. Porém, a equipe de Fortaleza mostrou muita força para bater a UniRV-GO por 90 a 31.